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A comunicação do portador de TEA

  • anacostacapoto
  • 1 de nov. de 2020
  • 3 min de leitura

O Autista traz com sua simples presença, o novo e o desconhecido para dentro de ambientes e relações.

Ele carrega consigo o estereótipo de incapacidade ou dependência, consideradas muitas vezes insuficientes para contribuir com a sociedade.

A ausência de políticas públicas para a inclusão é a pior forma de DISCRIMINAÇÃO!


A possibilidade de nos comunicarmos é que permite que nos relacionemos com as pessoas. Além disso, para nos relacionarmos, existe a dependência da nossa capacidade de entender que as pessoas podem ter idéias, sentimentos, desejos e crenças diferentes (teoria da mente).


Em uma criança com TEA, as dificuldades na comunicação são diferentes. Entender o que se pode esperar desses momentos é importante para que os pais, cuidadores e professores possam lançar mão de estratégias para lidar com essas dificuldades.


Muitas crianças com TEA não aprendem a falar, nem gesticular; ou começam a produzir as primeiras palavras por volta dos 3, 4, 5 ou até 6 anos de idade. Algumas não adquirem linguagem falada adequada e se expressam por gestos ou usam poucas palavras para se comunicar.


A entonação e velocidade da fala da criança com TEA pode ser afetada. Podem não usar a entonação adequada às situações e contextos. As crianças com TEA, quando adquirem linguagem falada, podem conversar sobre fatos e eventos, mas podem ter dificuldades em expressar idéias, sentimentos e opiniões. A linguagem pode ser repetitiva em assuntos de seu interesse (utilizam conversas ouvidas na TV, frases ou diálogos de filmes que viram...). Normalmente insistem em falar de assuntos de seu interesse, não levando em conta as relações dos ouvintes; é como se a conversa acontecesse com ele mesmo.


Uma das dificuldades de linguagem mais afetadas é o uso funcional dela.

As crianças com TEA falham em desenvolver a TEORIA DA MENTE (uma habilidade mental que permite atribuir estados mentais a si e a outros indivíduos).

Para que uma pessoa consiga interagir com as outras, precisam ter a TEORIA DA MENTE adequadamente desenvolvida.


Por esse motivo a pessoa com TEA tem dificuldades em entender as situações de interação social, em que precisam compreender que outras pessoas têm expectativas diferentes das suas. A falta de flexibilidade nas interações, no uso de regras sociais rígidas, tratar as pessoas como iguais (sem distinção de idade e autoridade) e participar de outras atividades que não envolvam outras pessoas, também faz com que haja dificuldade de interação. Essas crianças tendem a se apoiar em rotinas (colocando em risco a habilidade de se relacionar e interagir socialmente de forma saudável), caso haja uma mudança brusca, pode agir de uma forma inesperada com um ataque de birra (criança) ou simplesmente deixando de lado a situação sem maiores explicações, pois a mudança foi perturbadora demais.


Da mesma forma a sensibilidade exagerada aos sons, cheiros, cores, texturas poderá perturbá-los. Dessa forma deixarão uma situação de interação, por não suportarem a sobrecarga de informações sensoriais.


As pessoas que convivem com indivíduos com TEA, devem entender que muitas dificuldades estão relacionadas à forma como conseguem processar as informações do ambiente. Devemos escolher condutas que favoreçam o desenvolvimento e independência dessas crianças.


Os pais, educadores e cuidadores podem adotar em primeiro lugar o entendimento do diagnóstico e as dificuldades que o acompanham, encontrar apoio em amigos, família e redes de apoio e profissionais capacitados, uma vez que lidar com essas dificuldades pode demandar muito trabalho, tensão emocional e estresse dos pais.


A estimulação que favorece as habilidades de comunicação e foco de atenção devem ser estratégias para ajudar essas crianças (através de jogos e brincadeiras).


As pessoas com TEA, independente das características, têm personalidade, desejos, vivências e emoções próprias. Essas características não os definem como indivíduos.

A gravidade da apresentação do TEA é variável. A intervenção serve para suavizar os sintomas e melhorar o prognóstico desses indivíduos, pois não há cura.


A intervenção precoce é beneficiada pelo momento em que o cérebro é altamente plástico e maleável.

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