FALANDO DA IMPORTÂNCIA DA ESCOLA PARA AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO E INCLUSÃO ESCOLAR

A escola desempenha um papel muito importante para ajudar no diagnóstico precoce de crianças com TEA, pois muitas vezes é na idade escolar que se intensifica a interação social e se tornam mais evidentes comportamentos que tornam possível a identificação do transtorno.

É importante que essas crianças tenham acesso a um diagnóstico precoce, para que a intervenção também seja feita o mais rápido possível (hoje em média, a família de um portador de TEA demora em torno de 3 anos para obter um diagnóstico). Os profissionais precisam aprimorar seus conhecimentos sobre TEA.

Por falta de políticas direcionadas, falta de investimentos, falta de estrutura para receber esses indivíduos e falta de interesse pela maioria dos governantes, muitas essas crianças deixam de aprender.

A inclusão de portadores de TEA ainda é uma realidade muito difícil e distante, na maioria das vezes.

Existem situações em que as escolas possuem equipes competentes, mas não têm investimento. Torna-se uma luta diária dos pais, dos professores e coordenação para fazer valer os direitos desses indivíduos.

Uma criança com TEA pode criar muitas barreiras para novos conhecimentos (geralmente muito restritos em interesses). Quando possuem a atenção visual preservada, há maior chance de desenvolver habilidades.

A estimulação em fases mais específicas (janela das oportunidades) faz com que se desenvolvam melhor.

Temos três pontos importantes para a estimulação: INDIVIDUALIDADE, PRECOCIDADE, INTENSIDADE. Atrasos no desenvolvimento precisam de estimulação, não podemos esperar!

No TEA há comprometimento de: iniciativa comunicativa (IC), atenção compartilhada (AC), reciprocidade social (RS).

Qualquer avaliação deve ser feita de forma individualizada e qualquer intervenção terapêutica deve ser baseada em evidências, comandada por profissionais capacitados para que se tornem eficazes.

Principais vias de aprendizagem de crianças com TEA: modelagem (reforço de comportamentos adquiridos), modelação (imitação como aprendizado), segmento de instrução (segmento de comando e entendimento do que se pede). Essas vias encontram-se prejudicadas nos portadores do transtorno.

As intervenções devem ser feitas de maneira que as crianças sejam o mais independentes possível. O excesso de estímulos pode irritá-las e a frustração muitas vezes está presente. O resultado só pode ser satisfatório na educação de indivíduos com TEA, quando há interação da escola e da família.

Não existe receita de bolo para trabalhar com TEA, cada indivíduo tem características próprias. Nem sempre o que funciona para um, será eficaz para o outro. A compreensão, a observação, a paciência, a persistência e o treino são a chave para realizar um bom trabalho, visando o melhor desenvolvimento possível.

Em muitos casos o mediador e a sala de recursos são extremamente importantes para o acompanhamento desses indivíduos; pois nas salas de aula repletas de alunos, um professor conduzir todo esse processo pedagógico sozinho, se torna impossível.

Precisamos de formação profissional, capacitação e políticas públicas para dar condições práticas à escola no exercício da educação inclusiva!

“INCLUIR UM APRENDIZ COM TEA NA ESCOLA COMUM É MUITO MAIS QUE ACEITAR SUA PRESENÇA NO ESPAÇO FÍSICO, É FAVORECER E PROMOVER SUA APRENDIZAGEM À PARTIR DE SEU POTENCIAL, SUAS DIFICULDADES, DE SUAS POSSIBILIDADES; POIS TODO SER HUMANO É CAPAZ DE APRENDER, UMA VEZ QUE ISSO É PRÓPRIO DA ESPÉCIE HUMANA”.

O bulling, que está muito presente no ambiente escolar, deve ser foco de atenção dos professores, pois marca presença muito forte na vida das pessoas com TEA tornando-as mais susceptíveis à depressão.

O estresse, a depressão e a separação de pais, também são realidades presentes nessas famílias.

A população deve ser conscientizada de forma inteligente sobre o assunto. As escolas são excelentes veículos para isso.

Uma sociedade só pode ter mudanças se tiver acesso à educação, respeito as diferenças através da informação e saúde.