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IMPACTOS DA PANDEMIA

  • anacostacapoto
  • 6 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

A pandemia está refletindo no comportamento das pessoas e principalmente das crianças.


Elas estão mais irritadas, agressivas, agitadas, com sono alterado, as emoções à flor da pele e muitas vezes depressivas.


A carga da rotina diária somada a reclusão, o ensino remoto, afastamento dos amigos, professores e familiares trouxeram marcas profundas para elas.


As crianças foram tiradas, como em um passe de mágica, de suas rotinas e trancadas em casa, fugindo de um inimigo que não podem ver.


A interação social e a proximidade física são muito importantes para o desenvolvimento das crianças. O nosso desafio tornou-se muito maior nesse período.


O ensino à distância não supre a necessidade afetiva. É importante mantermos o interesse, a rotina e driblarmos os obstáculos impostos pelo vírus.


Os pequenos sempre questionam: “quando tudo vai acabar, não aguento mais?!”

Para essa pergunta, não temos resposta, somente incertezas e espera.




Nesse período precisamos recorrer a intervenção da psicóloga, fonoaudióloga, professores, mediadora e mais recentemente do neurologista.


Sempre acreditamos que poderíamos tratá-lo somente com as terapias e durante algum tempo com homeopatia, já que os resultados com a risperidona não foram bem sucedidos.


A mais ou menos um mês, ele começou a se auto agredir, chorar mais, mais agressivo, se descontrolar facilmente, dormir poucas horas por noite, mais agitado e com as estereotipias mais acentuadas.


Essa semana começou a fazer uso do neuleptil 1% duas vezes ao dia (para controle da ansiedade, hiperatividade e concentração), irá realizar EEG com mapeamento cerebral, audiometria total e PAC (processamento auditivo central) e polissonografia.


Os exames são de grande valia para análise dos comportamentos apresentados e descartar outros transtornos que não seja o TEA.


Tenho certeza de que esses comportamentos irão melhorar e que meu menino, alegre, falante e carinhoso abandonará esses comportamentos regressivos que vieram junto com a pandemia.


Eu também precisei de intervenção psicológica e medicamentosa. Estou tendo que aprender a lidar melhor com a situação para proporcionar a segurança e atenção que meu filho precisa. Revi comportamentos e atitudes que podem servir como gatilho.

Isso não é sinal de fraqueza! Sou mãe e humana! Nunca me senti tão forte!


Escrever e desabafar serviu como aliado nesse processo.


Como família, temos o papel de ajudar no controle e diminuir os impactos que nosso filho vem sofrendo.


Nossa tranquilidade é de que não estamos sós, temos pessoas maravilhosas que fazem parte da nossa vida, que nos apoiam e ajudam nessa jornada.




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