Nossos filhos...
- anacostacapoto
- 22 de nov. de 2020
- 2 min de leitura

Filhos são seres tão amados..., independentemente de serem típicos ou atípicos, todos são simplesmente filhos.
Mesmo quando temos filhos com TEA, não podemos poupá-los de tudo. Não existem maneiras de escapar do mundo real e cruel. Precisamos equipá-los e prepará-los para enfrentar.
Devemos caminhar lado a lado com nossos filhos, e não caminhar por eles. Cada qual com suas limitações e dificuldades, porém todos capazes de desenvolver alguma habilidade.
Na realidade a independência é treino!
O que vemos são crianças inteligentes, porém emocionalmente frágeis. O que mais ouvimos é: “não consigo”, “não sei”, sendo que nem se deram ao trabalho de tentar!
Esse comportamento acontece porque sempre existe alguém para fazer tudo por eles. Eles são ensinados a não se responsabilizar por nada, a não ter regras, a não assumir compromissos. Os filhos são podados pelos próprios pais.
Os pais, naturalmente, possuem uma tendência a superproteção, tornando seus filhos dependentes emocionalmente, frustrados e depressivos.

“A família é o laboratório para preparar o filho para o mundo!”
Sabemos que muitas vezes é doloroso, mas é necessário que doses homeopáticas de sofrimento sejam dadas aos nossos filhos. Pense como se fosse uma medicação. Dizer, “não posso”, “agora não”, “não é possível”, faz parte do processo (tratamento).
No caso de indivíduos com TEA, tentar quebrar alguns comportamentos rígidos ajudará a enfrentar o dia a dia e torná-los mais independentes.
Não podemos permitir, que certos comportamentos se tornem rotina e que o transtorno sempre seja a justificativa para que não sejam corrigidos. Eles precisam, como qualquer outra criança, ter limites. Precisamos deixar sempre claro, que estamos no controle e que regras precisam ser seguidas.
Não podemos evitar constantemente que um filho sofra, a vida não funciona dessa forma!
Os filhos precisam voar sozinhos, devemos ensinar um pouco a cada dia. Cada dia é uma oportunidade de treino (horas de voo).
Se um indivíduo domina o celular, o tablet, o computador, porque não consegue comer sozinho, tomar banho sozinho, se vestir sozinho?

Precisamos verificar e analisar quantas horas de voo estamos dispostos a empenhar em coisas que realmente importam.
Na educação dos filhos precisamos ter paciência, consistência e treino para que sejam o mais independentes possível.
Como pais de crianças especiais, precisamos lutar todos os dias, incansavelmente, para que a sociedade possa ver através de nós, a capacidade infinita que eles possuem e o quanto eles podem nos ensinar.
Só nós podemos trabalhar e proporcionar a independência que eles precisam. Desistir e facilitar, não vai encurtar o caminho!
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