Vamos Falar Sobre Autismo (TEA)
- anacostacapoto
- 13 de set. de 2020
- 3 min de leitura

O Autismo é classificado como um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID).
O Autismo e a Síndrome de Asperger são os mais conhecidos transtornos invasivos do desenvolvimento dentro dos Transtornos do Espectro Autista (TEA). Esses transtornos se caracterizam por atrasos e desvios, desde a infância nas habilidades sociais e de comunicação. Esses indivíduos mostram interesses e comportamentos limitados.
Em uma pesquisa realizada pela CDC (Centro de controle e prevenção de doenças – uma agência do Departamento de Saúde dos EUA), lançada em março de 2020, mostra que 1 em cada 54 crianças possui TEA (transtorno do espectro autista).
O CDC vem rastreando o número e as características de crianças do Espectro Autista a mais de 20 anos em diversas comunidades.
O BRASIL, POR NÂO TER PESQUISAS CONCRETAS SOBRE A PREVALÊNCIA NO PAÌS, USA COMO BASE ESTUDOS E DADOS DA CDC.
O número de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) tem aumentado, e acredita-se que isso se deve ao maior número de pessoas diagnosticadas.
Os profissionais, em sua grande maioria, acreditam que há um maior acesso ao diagnóstico por parte dos pacientes e o aumento da qualidade das informações por parte dos profissionais da saúde, elevam o número de diagnósticos corretos.
A predominância em meninos, ainda não tem explicações concretas. Estima-se que o número de meninos afetados pelo transtorno é 4 vezes maior do que em meninas.
O Transtorno do Espectro Autista, não diferencia etnias, cor ou classe social. Abrange todos igualmente!
Quanto mais cedo o diagnóstico, mais cedo será o início do tratamento, melhorando assim o prognóstico (independência no futuro).
A etiologia ainda é desconhecida, mas as disfunções em várias áreas cerebrais podem explicar grande parte dos sintomas clínicos, juntamente com fatores ambientais e genéticos.
O TEA (transtorno do espectro autista) é um enigma a ser desvendado pela ciência, já que não é conhecido o seu Gene causador. Especificamente no Autismo, há tampouco identificado um Gene comum a vários pacientes, embora os comportamentos e déficits sejam descritos de forma semelhante.
O diagnóstico precoce em conjunto com as terapias comportamentais e tratamentos específicos, ainda são a melhor ferramenta para proporcionar uma melhor qualidade de vida. Os resultados têm sido animadores.
Alguns comportamentos típicos devem chamar atenção de pais, familiares e educadores:
- Dificuldades persistentes de se comunicar e interagir socialmente
- Dificuldades na fala ou não conseguir falar nada.
- Dificuldades em manter relacionamentos de amizade.
- Normalmente essas crianças possuem sensibilidade a alguns sons, cheiros e texturas.
- Alguns indivíduos possuem dificuldades no contato físico.
- Dificuldade na comunicação visual.
- Restrição alimentar (comer o mesmo tipo de alimento com a mesma textura ou mesma cor).
- Extremamente apegados à rotina (usar mesmo tipo de roupa, usar os mesmos caminhos para chegar a algum lugar...).
- Movimentos (estereotipias) e sons repetitivos (ecolalia) - abanar as mãos, repetir várias vezes as mesmas palavras ou sons.
- Correr na ponta dos pés abanando as mãos ao lado do corpo.
Deve-se levar em conta o desenvolvimento de crianças típicas em cada fase específica, para que haja um comparativo de perdas e dificuldades de crianças diagnosticadas com o transtorno. Muitos sinais podem passar despercebidos, por serem muitas vezes sutis; muitas vezes só serão notados quando a demanda social e de estímulos externos dessas crianças aumenta (em idade escolar).
É equivocada a afirmação de que “o Autista vive em um mundo à parte”. O que eles possuem são alterações neurológicas típicas, podendo apresentar alterações sensoriais e na captação de estímulos no ambiente em que está. Não quer dizer que eles não se conectem com a realidade.
Os indivíduos com TEA possuem um foco exacerbado em coisas muito específicas, dando a impressão da falta de interesse por certos assuntos.
Ethan Lisi, palestrante e autista diz que mentes típicas e atípicas são como sistemas operacionais distintos.
É como comprar um XBOX e um PLAYSTATION, tratam-se de dois consoles com operações de alta complexidade e diferentes programações.
Os Autistas, de certa forma, precisam operar em um sistema que não os favorece e para não serem discriminados precisam mascarar suas características.
“As estereotipias funcionam como mecanismos de defesa em um mundo projetado sem pensar no indivíduo Autista”, diz Ethan.
Os portadores de TEA dão a falsa impressão de que possuem ausência de sentimentos, mas na verdade há uma grande dificuldade de demonstrá-los.
Normalmente a mente desses indivíduos só deixa expressar os extremos ou nada!
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