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AS ESTEREOTIPIAS NO AUTISMO

  • anacostacapoto
  • 21 de mar. de 2021
  • 3 min de leitura

As estereotipias ou stims, do ponto de vista médico, está relacionado a ações repetitivas ou ritualísticas vindas de movimentos, da postura ou da fala. De maneira mais simples podemos dizer que esses stims tem função autorreguladora sensorial e emocional.

Pode ser bastante difícil entender a causa dessas estereotipias, já que estudos apontam várias possibilidades. Normalmente esses movimentos acontecem quando o indivíduo é bombardeado de estímulos, fazendo com que essas ações, os ajude a se reorganizar e processar tudo a sua volta (autorregulação).


Na realidade as estereotipias servem para estimular os sentidos e produzir uma sensação capaz de acalmar o sistema nervoso; portanto serve para diminuir estados de ansiedade, tristeza, frustração, ociosidade, nervosismo ou excesso de estímulos do ambiente, sendo assim capazes de se sentirem mais calmos e manter o foco.


Geralmente os gatilhos acontecem justamente por causa dos fatores anteriormente citados (hiperexcitação, ansiedade, ociosidade ou desregulação sensorial). O indivíduo gosta da sensação de um determinado movimento e começa a repeti-lo para se saciar sensorialmente. Muitas vezes, pessoas típicas também apresentam estereotipias, como roer as unhas; balançar as pernas sem parar; cruzar e descruzar as pernas várias vezes, entre outras, normalmente isso acontece quando colocadas em situação de grande estresse. Se para uma pessoa típica é praticamente impossível parar esses movimentos, imagina em pessoas que possuem uma alteração sensorial grande, como os Autistas.


Os stims podem parecer muito estranhos para as pessoas neurotípicas e pode vir a afetar o convívio social, levando até ao bullying. São comportamentos que destoam do comportamento da maioria, chamando a atenção dos pais para buscar ajuda profissional, que é extremamente necessária.

As estereotipias mais comuns são: balançar o corpo para frente e para trás; balanças as mãos ao lado do corpo (flappings); bater os pés no chão ou em algum objeto próximo; girar objetos ou girar em volta do próprio corpo; fazer sons repetitivos ou repetir sílabas sem parar; estalar os dedos; roer as unhas sem conseguir parar; bater a cabeça na parede ou no chão; pular no sofá sem controle de tempo ou força; pular na frente da TV enquanto assiste; correr de um lado para o outro, sem um destino claro; correr na ponta dos pés e movimentar os dedos das mãos na frente dos olhos.


No caso do meu filho João, as estereotipias se intensificam quando ele está ansioso, com raiva, muito feliz ou frustrado; então sem que ele perceba, começa a correr de um lado para o outro, pular balançando as mãos, falar com as mãos e morder objetos.


Existem as estereotipias orais, visuais, motoras, olfativas, vocais e auditivas. Quando o indivíduo leva objetos à boca ou os morde, temos o chamado stim oral; gostar de ver luzes piscando, objetos brilhantes ou girando, chamamos de stim visual; ouvir sempre a mesma música e gostar de ouvir o mesmo som repetidas vezes, chamamos de stim auditivo; gostar de cheiros específicos, temos o stim olfativo; emitir sons repetidas vezes com a boca, temos o stim vocal e temos o stim motor, quando o indivíduo produz movimentos como, balançar as mãos e o tronco.



A intervenção dos terapeutas (psicólogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional) e do médico é fundamental para que possam identificar os padrões de comportamento, o que serve como gatilho, a fim de ajudar esses indivíduos a se sentirem menos sobrecarregados e fazer com que as estereotipias sejam menos necessárias e que ocorram menos, em alguns casos pode, o médico pode lançar mão de alguma

medicação, associado às terapias.

 
 
 

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