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“AUTISMO LEVE NÃO É LEVE EM SOFRIMENTO”

  • anacostacapoto
  • 24 de jul. de 2021
  • 3 min de leitura



Essa semana recebi de uma amiga uma mensagem que se tratava do relato de uma autista de grau 1, assim como o meu filho João Vitor. A pouco tempo atrás o transtorno era conhecido como síndrome de Asperger, que hoje está caindo em desuso. O transtorno do espectro autista atualmente é classificado em graus.


Em poucas palavras ela conseguiu passar toda a dificuldade, todo o estresse, tristeza e depressão à que são submetidos ao longo da vida. Normalmente são mal compreendidos, pois as pessoas custam a acreditar que possuem algum transtorno por não se encaixarem nos padrões clássicos do autismo.


Esses indivíduos normalmente não possuem perdas cognitivas importantes, desenvolvem a fala e a capacidade de se comunicar verbalmente, por isso a grande dificuldade de as pessoas compreenderem esse grau do transtorno.


É muito comum sofrerem discriminação pelo simples fato de serem diferentes.

Achei interessante dividir com pais e mães que como eu, vivenciam junto com seus filhos situações e momentos de muito estresse para nós e para eles. A maior parte das pessoas que assistem tais eventos criticam, olham atravessado e sequer têm interesse em saber o que realmente acontece ou se propõe em ajudar.

“Não existe mais autismo leve, agora é autismo nível I, direi a leveza do autismo:

Sim somos considerados funcionais e produtivos, porque a nossa cognição não é tão prejudicada, não temos tanta dificuldade para aprendermos na escola e falamos, podemos dizer claramente o que sentimos ou pensamos, mas mesmo com cognição e a aquisição da fala não muito prejudicadas, temos prejuízos nelas, entre outras dificuldades Autísticas: a dificuldade para sermos flexíveis nas diversas situações, o nosso cérebro é mais hiper excitado, entramos em crise se tentarmos ser iguais aos demais, vocês não sabem que somos chamados de lesados e até de malucos? Vocês não sabem que para um autista seguir os seus dias com horas e dias marcados são necessários devido a não ser tão flexível quanto os outros? E quando o patrão diz: “Não gostei desse jeito, faça de outro”, que outro???? Vamos parar um pouco de analisar o autismo pelo seu exterior e analisar o interior? Será que um autista “leve” tem a mesma constância que as pessoas não autistas? Será que um autista “leve” tem a mesma memória que os não autistas? Será que um autista “leve” sabe flertar? Sabe puxar e manter uma conversa? Sabe o que falar diante das pessoas? Sabe que está lidando com um inimigo achando ser amigo? Sabe se calar quando deve? Sabe controlar o que diz para não ser mal educado? Autista leve também tem crises sensoriais e emocionais, tem alguém lá para acalmar quando perde um amor, um amigo, um emprego? E quando ele se cala, ou seja, tem uma mudez seletiva, é porque entrou mais um na conversa. Autista “leve” é normal só quando as pessoas querem, mas também é maluco quando querem também!


“Que lindo, é tão leve, ele fala e anda sozinho!”


OBS: É raro e quase impossível um autista que não tenha depressão, epilepsia, ansiedade, fobia social, TOC, transtorno de processamento sensorial, porque são as mais frequentes comorbidades do autismo, imagina um autista leve com tudo isso? Mas as pessoas os veem como privilegiados! Os autistas severos sim têm muitas dificuldades do autismo, mas fica em sua casa. O autista leve, com suas limitações invisíveis, vai para o MUNDO de pessoas más!


GRAZI MARQUES – Autista nível 1


 
 
 

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