O Autismo e a ansiedade
- anacostacapoto
- 12 de set. de 2021
- 2 min de leitura

A ansiedade e o Autismo andam sempre juntos. Indivíduos com TEA, comumente possuem rituais compulsivos que podem causar estranheza para quem os vê.
Estudos recentes mostraram que indivíduos autistas possuem maior tendência a ansiedade e depressão, quando comparados as pessoas neurotípicas.
Em uma pesquisa em 2017, feita pela Universidade Conventry do Reino Unido, percebeu que, apesar de ainda não existirem dados robustos da incidência de suicídio entre os Autistas, as informações preliminares apontaram que 66% dos Autistas já pensaram em suicídio, sendo que 35% chegaram a tentar.

O ALERTA deve ser ligado, a partir do momento em que o medo e a ansiedade sejam desproporcionais em relação ao tamanho do problema.
Crianças com TEA possuem maior possibilidade em desenvolver fobias e medos, e os gatilhos para que isso aconteça são muito variados, desde alterações sensoriais, até o medo de interagir socialmente (temem a reação das outras pessoas em relação aos seus comportamentos). Detectados esses gatilhos, a família em conjunto com o apoio médico e psicológico, poderão reduzir bastante esses sentimentos que pesam muito na vida deles.
Algumas causas para desenvolver a ansiedade no autista merece bastante atenção como:
· Alterações sensoriais.
· Dificuldade em prever ou se adaptar à algumas situações.
· Dificuldades com as próprias emoções (expressar e entender seus sentimentos), chamado de ALEXITIMIA.
· Preocupação com mudanças de rotina, situações incertas, transições e novidades.
· Tentar “se encaixar”. O Autista, na maior parte das vezes esconde tudo o que está sentindo, apenas para parecer com os outros e ser aceito.
· Cobrança em um desempenho específico (insegurança se conseguirá realizar algo).
Como pais, muitas vezes conseguimos determinar, diante de uma situação difícil, o que
aflige a criança e tentar corrigir, sempre com calma e paciência.

Infelizmente não podemos estruturar e planejar a vida de nossos filhos, pensando em evitar qualquer situação que cause a mínima ansiedade neles.
Podemos evitar sim, situações extremamente alarmantes, mas a dinâmica familiar não pode ser completamente mudada para que a criança com Autismo não se sinta minimamente desconfortável de vez em quando, seria insano para a família. Podemos fazer adaptações que sejam benéficas para a criança e que não prejudique demais a vida familiar.
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG), apresenta sinais físicos e emocionais:
· Suor excessivo.
· Dificuldade para dormir.
· Ataques de pânico.
· Hiperventilação (respiração acelerada)
· Pensamentos pessimistas (acham que tudo vai dar errado).
· Automutilação (quando causam dor e ferimentos em si). Muito comum em Autistas graves

Recorrer a ajuda profissional assim que esses sintomas aparecem, é de extrema importância para amenizá-los e aprendermos a lidar com os problemas que a ansiedade traz consigo.
Toda e qualquer intervenção é passível de “erros e acertos”, pois cada indivíduo é único.
Quanto mais conhecimento temos sobre nossos filhos, mais possibilidades temos de acertar. Aprimorar nosso relacionamento com eles através da empatia, muda tudo.
“ANSIEDADE É UM EXCESSO DE FUTURO. PESSOAS ANSIOSAS PREOCUPAM-SE OU ATÉ SENTEM MEDO DO QUE AINDA ESTÁ POR VIR”.
A todos os pais e mães, que como nós,te temos uma luta todos os dias, não desanimem, não desistam nunca, pois cada momento vivido por eles e com eles vale a pena!
Observem seus filhos, sigam seus instintos e nunca achem que ansiedade e depressão é bobagem, busquem ajuda assim que perceberem qualquer sintoma!

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