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O TEA NA IDADE ADULTA

  • anacostacapoto
  • 17 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Segundo a OMS (Organização mundial da saúde), 1 em cada 160 crianças no mundo está inserida no espectro autista, já em relação aos adultos, os números não são muito precisos.


De acordo com a CDC, órgão Americano de controle e prevenção de doenças, a estimativa é de que 2,21% da população adulta tenha o transtorno. No Brasil não existem números oficiais e em 2019, o governo sancionou uma lei que obriga a inclusão de informações específicas sobre pessoas com Autismo no censo demográfico.


O espectro autista é muito amplo, por isso cada indivíduo Autista possui características variadas e próprias, em diferentes intensidades dentro desse leque.

Existem muitas pessoas que só recebem o diagnóstico na vida adulta ou nunca foram diagnosticados, por não desenvolverem características moderadas e severas do transtorno.


A maior preocupação de pais e portadores de TEA na vida adulta é o rótulo que carregam por serem “AUTISTAS”. A falta de informação ainda é um grande desafio para que consigam viver melhor, pois existe muita discriminação. Quando diagnosticados na fase adulta, as pessoas em seus ambientes de trabalho, escolas e universidades tendem a achar que são incapazes de desenvolver alguma função ou que são incapazes de aprender, levando-os a se retraírem e se tornarem solitários. Normalmente são vistos como “chatos”, “teimosos”, “estranhos” e “antissociais”. Ao longo do tempo começam a ter dificuldades em se encaixar socialmente. Também acontece com muita frequência, desses adultos tentarem esconder certos comportamentos e tentam buscar maneiras para lidar com suas lutas diárias, a fim de não serem julgados e de se protegerem da realidade cruel que os cerca.



É muito complicado explicar seus comportamentos, já que muitos problemas relacionados ao transtorno são “invisíveis”. Só porque a pessoa fala, conversa, trabalha, interage, ela não pode ser autista. As pessoas têm a visão de que autista é aquela que se balança para frente e para trás, não olha para ninguém, não fala e tem retardo mental.


Já os adultos não diagnosticados, podem sofrer muito e até serem deprimidos e infelizes, por não se encaixarem nos padrões “normais”. Eles não conseguem entender o porquê são diferentes e alguns não conseguem sequer ter a autoconsciência de que são “diferentes”.


O diagnóstico é importante, pois ajuda muito no autoconhecimento, a aprender lidar com suas emoções e limitações, a conhecer o transtorno e tentar passar para quem está a sua volta. Ajuda a se aceitar do jeito que é.


O adulto diagnosticado com TEA, pode contribuir muito para conscientizar as pessoas sobre o transtorno, já que há uma visibilidade maior sobre o assunto.


Hoje existe disponibilidade de uma variedade de intervenções e suporte para esses indivíduos, beneficiando no apoio de necessidades específicas.


Ao contrário do que se pensa, Indivíduos com TEA podem desenvolver muitas habilidades específicas, que podem servir de aliada dentro do ambiente de trabalho, pois são extremamente focados quando dispostos a fazer algo dentro do seu interesse. Acho que muitas empresas poderiam se beneficiar com isso.


O Adulto que recebe o diagnóstico de TEA precisa procurar os tratamentos para que desenvolvam suas habilidades, trabalhar suas dificuldades e que possam ter uma vida mais inclusiva.


A busca por informações seguras e de qualidade pode ajudá-los a viver melhor, já que terá que conviver com o transtorno por toda a vida. Quanto mais souber, melhor.



“A aceitação do transtorno é a chave para uma vida melhor”.




 
 
 

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